domingo, 8 de março de 2009

A Doutrina da Redenção em Cristo

Domingo, 08 de Março de 2009

Definida pelo dicionário Aurélio, a palavra resgate é “o ato de livrar do cativeiro, ou de dívida, por meio de pagamento em dinheiro ou outro valor; remir; libertar”. Já a palavra redenção, é definida como sendo “o ato capaz de livrar ou salvar alguém de situação aflitiva ou perigosa; e, em sentido religioso, é a salvação oferecida por Jesus Cristo na cruz, com ênfase no aspecto da libertação da escravidão do pecado.”

De modo semelhante, a Palavra de Deus nos revela o significado dessas palavras, relacionando-as ao projeto eterno de Deus, em Cristo Jesus. No Antigo Testamento a palavra redimir é tradução de duas palavras hebraicas. A primeira era usada para indicar o pagamento em dinheiro, exigido por lei, para a redenção dos primogênitos (Êx.13:2,11-16), ou seja, o resgate que isentava aos israelitas da obrigação de que cada primogênito, homem ou animal, fosse separado para Deus (Nm.3:46-49; 18:15ss). A segunda era usada para indicar o livramento de pessoas da servidão (Êx.21:8; Lv.25:47-49). Indicava, ainda, a recuperação de propriedades que houvessem passado para outras mãos (Lv.26:26; Rt.4:4ss), bem como a comutação de um voto (Lv.27:13,15,19,20), ou de um dízimo (Lv.27:31). Em um caso de homicídio, um parente tinha o direito de redimir (vingar) o sangue da vítima (Nm.5:8; 1Re.16:11).

Um aspecto interessante do significado destas palavras, está relacionado com o ano do jubileu. Quando alguma família perdesse o direito de usufruir de um terreno, por causa de dívida, por exemplo, este lhe deveria ser devolvido no ano do jubileu, a cada cinqüenta anos (Lv.25:8-17). Para isso, antes desse ano, um parente mais próximo tinha o direito e a responsabilidade de remir a propriedade, liqüidando a dívida e restaurando-a a seus donos originais (25:23ss). Noemi chamou o filho nascido a Boaz e Rute de Obede (redentor), porque a livrara do opróbrio de não ter herdeiro masculino sobrevivente (Rt.4:14). Todos esses fatos têm relação direta com o Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O NEGRO NA BÍBLIA

"A Bíblia tem a cor de todas as culturas; é contemporânea de todas as eras. Ela é um livro apaixonadamente humano e comprovadamente divino."

Até a construção do Canal de Suez, não se fazia distinção entre as terras bíblicas. O cenário da atuação divina ia do Nilo ao Eufrates. Para o faraó, a península do Sinai ainda era Egito, e o Egito nunca deixou de ser África. Deste continente, também fazia parte Israel. Aos olhos de Mizraim, os hebreus eram uma nação mais africana que semita.

Esta visão haveria de perdurar até 1859, quando o engenheiro francês Ferdinand de Lesseps pôs-se a construir o Canal de Suez. A partir daí, foi a África separada não somente geográfica, mas sobretudo histórica, cultural e antropologicamente do que hoje chamamos Oriente Médio. De repente, aquela milenária extensão da África passa a figurar nos mapas como se fora Ásia.

Consequentemente, muitos cristãos deixaram de atentar para um fato importantíssimo: Israel é uma nação tão africana quanto semita, e a mensagem que legou ao mundo teve, como prelúdio, o continente negro. Se tais nuanças não são percebidas pelos leitores da Bíblia, atentemos à explícita participação do negro na História Sagrada. A fim de que a nossa visão se torne mais clara, é mister que comecemos por derrubar alguns mitos tidos como dogmas.

1. Mitos dogmáticos ou dogmas mitológicos?

Já disseram que a cor negra é o sinal que o Senhor colocara em Caim por haver este matado a Abel, seu irmão (Gn 4.15). Outros, interpretando de maneira equivocada a profecia enunciada por Noé aos seus filhos, alimentam a hipótese de que o negro surgiu por causa da maldição imposta pelo patriarca sobre a irreverência de Cam (Gn 9.25).

Erudição alguma é necessária para se constatar a incongruência de tais mitos. Uma leitura atenta e descompromissada do Livro Santo há de mostrar que semelhantes teses não resistem a um exame mais atento. Teológica e historicamente, são falhas, dúbias, perniciosas.

Da História sagrada, infere-se ter sido toda a descendência de Caim destruída pelo Dilúvio. Além disso, a marca que pôs o Senhor no homicida não foi a cor, e, sim, um ideograma, denunciando-lhe o crime. Quanto ao caçula de Noé, o texto do Gênesis não comporta dúvidas: apenas um ramo dos camitas foi amaldiçoado: os cananeus. E a maldição cumpriu-se quando os hebreus tomaram-lhes as terras no século 15 aC. Os outros filhos de Cam são mencionados na Bíblia como nações fortes, poderosas e aguerridas. Haja vista o Egito, a Etiópia, a Líbia e as cidades de Tiro e Sidom.

De acordo com a concepção hebraico-cristã, não há nenhuma maldição em ser negro nem bênção alguma em ser branco. A bem-aventurança reside em se guardar os mandamentos de Deus, praticar a justiça e observar a beneficência:

"... Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo.", At 10.34-35.

2. A África no índice Bíblico das Nações

Conhecido como o índice das Nações, o capítulo 10 do primeiro livro da Bíblia faz referências a pelo menos três grandes nações africanas: Cuxe, Mizraim e Pute (Gn 10.6). Ou seja: Etiópia, Egito e Líbia. Apesar das muitas tribulações de sua história, estes povos vingaram: no passado, império; no presente, o vivo testemunho do vigor das civilizações negras.

Durante toda a História Sagrada, o Egito sempre foi temido como potência mundial. À Etiópia era uma nação tão aguerrida e expansionista que, no tempo dos reis de Judá, invadiu a Terra Santa com um exército de um milhão de homens (2Cr 14.9). Quanto à Líbia, era vista pela Assíria como um contrapeso às ambições babilônicas (Na 3.9).

Se coletivamente os africanos foram marcantes, individualmente destacam-se no texto bíblico.

3. A mulher negra de Moisés

No capítulo 12 de Números, lemos:

"E falaram Miriã e Aarão contra Moisés, por causa da mulher cuxita, que tomara: porquanto tinha tomado a mulher cusita", Nm 12.1.

Não fora o contexto deste triste e lamentável episódio, seríamos levados a pensar que a profetisa e o sumo sacerdote hebreus eram tão racistas quanto os criadores do apartheid. Todavia, mostra-nos o desenrolar da história que a má vontade de ambos não tinha como motivação o fato de Moisés haver tomado uma negra por mulher. O que eles não toleravam eram os privilégios que o grande líder desfrutava junto a Deus. Como não achassem nenhuma falha no legislador, houveram por bem censurar-lhe a união inter-racial que, diga-se de passagem, não era algo incomum entre os israelitas. Afinal, não se unira Abraão com uma egípcia e com uma egípcia não se casara José?

4. Eu sou negra e aprazível

Como você imagina a Sulamita dos Cantares? Uma nórdica encontradiça nas pinturas sacras da Renascença italiana? E se você descobrisse que o maior poema de amor de todos os tempos foi dedicado a uma negra? Ficaria escandalizado? As filhas de Jerusalém indignaram-se quando Salomão elegeu a formosa pastora de Quedar como a predileta de seu coração.

Diante de tão descabida acepção, Sulamita protesta:

"Eu sou morena, mas agradável, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão." (Ct 1.5)

Se o texto em português deixa alguma dúvida quanto à cor da formosíssima jovem, o texto inglês, apesar da infelicidade da partícula adversativa, é concludente: I am black but comely.

Esta tradução parece estar mais de acordo com o original hebraico.

5. O negro que ajudou a Jeremias

Jeremias profetizou no momento mais crucial e ingente do Israel do Antigo Testamento. Em breve, seriam os judeus entregues aos babilônios; perderiam em breve a soberania e em breve ficariam sem os mais caros símbolos nacionais e religiosos. É neste momento que aparece o profeta com uma mensagem impopular e nada patriótica: apregoa a submissão ao opressor e condena qualquer esboço de resistência.

Por causa de sua atitude, foi Jeremias lançado no calabouço de Malquias (Jr 38.6). E só não morreu porque um etíope chamado Ebede-Meleque intercedeu por ele junto ao rei Zedequias. Por sua corajosa postura, o negro Ebede é honrado até hoje.

6. Os negros no Novo Testamento

Muitos africanos ainda vêem a Igreja como típica empresa européia. Ainda se assustam com os pioneiros brancos e barbudos que, desde David Livingstone, cortam a negritude daquelas terras levando a mensagem do Cristo. Em sua origem, porém, a Igreja era tão multirracial quanto hoje.

No Dia de Pentecostes encontravam-se em Jerusalém, além dos gregos, romanos e asiáticos, várias nações negras: Egito, Líbia e Cirene. E, nestes países, o Evangelho floresceu de maneira surpreendente. Haja vista a Igreja de Alexandria. Dela sairiam os teólogos Orígenes, Clemente e Atanásio.

Lembremo-nos também do ministro da Fazenda da Etiópia que se converteu quando retornava ao seu país (At 8.26-38). Acredita-se ter sido com este eunuco que teve início a Igreja Copta.

7. Uma visão universal e transcultural da Bíblia

Durante vários séculos, a Bíblia foi vista como um livro exclusivamente branco e interpretado colonialisticamente pelas nações européias. Deste triste contexto, excetuamos os missionários que sempre tiveram uma visão universal e trans-cultural das Sagradas Escrituras.

Jamais nos esqueçamos de que a Bíblia começou a ser escrita na África. Não é um livro branco, como pensamos; ou exclusivamente negro. A Bíblia tem a cor de todas as culturas; é contemporânea de todas as eras. Ela é um livro apaixonadamente humano e comprovadamente divino.

Artigo publicado no Jornal Mensageiro da Paz de Dez/98 por Claudionor Corrêa de Andrade é pastor e chefe do Setor Hispânico da CPAD

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Andando sobre as turbulências da vida


Andando sobre as turbulências da vida

Versículo Chave: Mateus 14: 22-33

Qual foi a oportunidade que você mais sentiu medo? Qual a maior turbulência que você tem ou teve na sua vida?

Jesus era um homem atarefado, presumia-se sem tempo para nada. Mesmo assim dedicava um horário para Deus.

1. Nada é distante o bastante para Jesus nos alcançar ou desestimula-lo para isso.

Não importa quão distante estamos de Jesus, Ele sempre pode nos alcançar (v24);

Não importa o esforço ou a hora a qual Ele se propõe a isso (v. 25);

Apesar disso, temos medo em vários sentidos em aceitar o seu poder em nossas vidas (medo de não sermos aceitos, medo das circunstâncias) apesar das diversas vezes as quais Ele nos chama (v. 26 e 27);

2. Quando tomamos uma atitude, uma ação, Ele nos capacita.

Mesmo nas dificuldades fazemos proezas que antes pareciam impossíveis para ultrapassar as barreiras que nos impedem de ir ao Seu encontro (v. 28 e 29)

Ele só quer que o chamemos de amigo, que o aceitemos como Senhor e faz qualquer coisa para isso;

O Seu desejo é que estejamos perto Dele, não importando nada além disso.

3. Mesmo duvidando podemos ter o Seu apoio incondicional para sentirmos o Seu calor. (v. 31)

4. A recompensa dessa confiança é a calmaria e a paz do Seu encontro (v. 32)

Conclusão

- Não queira ser como os discípulos que ficaram esperando por algo que não ia acontecer deixando o poder passar.

- Tome uma atitude e caminhe sobre as adversidades.